Review: Call of Duty Black Ops 7
O novo capítulo da saga Black Ops continua acertando na sua gameplay dinâmica aliada com diversos modos de jogo, mas pode afastar fãs mais entusiastas do modo campanha.
Os lançamentos anuais da franquia Call of Duty eventualmente pedem uma atualização ou frescor novo para continuar mantendo os fãs, o que as vezes é extremamente bem vindo, ou divide opiniões. Em Black Ops 7, temos o retorno de David Mason, personagem de Black Ops 2, após um suposto retorno do grande vilão da saga Raul Menendez. Tudo então se explica fazer parte do plano de Emma Kagan, lider da facção Guilda, que pretender usar um químico chamado “O Berço” para controlar as pessoas e obviamente, como uma megacorporação, vender a cura.
A partir dessa premissa, a campanha de BO7 começa a ir para um caminho mais diferente do seu padrão e abordar atividades mais incomuns. Em muitos momentos, os personagens, que acabam tendo pouca profundidade no desenrolar do enredo, revivem memórias e fatos de sua vida, que acabam trazendo os objetivos de cada missão do modo campanha, o que justificará algumas cenas que viralizaram na internet, como o combate contra um soldado gigante, a lá Resident Evil.

E se a história do jogo não empolgue tanto, o que mais a sustenta é seu gameplay. Nesse ponto, temos algo que não foge muito de seu antecessor, mas que continua trazendo uma gunplay consistente e divertida, ao mesmo tempo dinâmica e que traz impacto a jogabilidade. Visualmente, o jogo continua incrível como sempre, e por mais que não seja o game mais realista do ano, consegue trazer uma alta fidelidade gráfica sem pesar (jogamos a versão de PC-STEAM).
Na localização para português do Brasil, a Activision mantém o padrão de qualidade que já vimos em diversos do seus jogos. No protagonista, temos a voz do famoso dublador Guilherme Briggs, entre outras vozes famosas no elenco principal, que ao menos permite que não fiquemos tão perdidos na hora da gameplay intensa.

Se uma história complexa não é o que talvez o jogador esteja esperando de Call of Duty, no entanto, a dependência do online pode prejudicar. Com a falta de checkpoints e com sua campanha totalmente online, por mais divertido que possa ser jogar com amigos, por exemplo, pode ser frustrante ter que sair durante alguma missão e precisar refazê-la, principalmente caso você tenha problemas de conexão. No PC, não sofremos problemas nesse sentido, ao menos.
Indo para talvez o ponto mais importante quando falamos do COD: seu multiplayer. Se a campanha erra a mão, o multiplayer mantém a estrutura tradicional que os fãs conhecem. São 16 mapas para 6v6 no lançamento, além de opções maiores para 20v20.
O destaque está na movimentação com Omnimovement, que permite deslizar lateralmente, mergulhar para trás e se mover com uma fluidez muito acima dos títulos clássicos. Embora torne o ritmo mais caótico, aprimora a agilidade dos tiroteios e funciona bem dentro da lógica competitiva moderna da franquia.

Ainda assim, há a sensação de “mais do mesmo”: ajustes incrementais, progressão já conhecida, armas que seguem o formato tradicional e um ritmo que nem sempre oferece espaço para partidas mais táticas. Em nossas horas inicias de gameplay, mesmo que o escritor aqui tenha uma qualidade questionável de gameplay, ainda sim consegui não ser um peso morto e ter um razoável placar de abates e mortes, o que pode motivar a novatos adentrarem ou conhecerem a franquia pro aqui.
O modo “Zombies” retorna com um dos maiores mapas já criados pela Treyarch, Ashes of the Damned, um ambiente gótico, sombrio e visualmente marcante. O formato por rodadas está de volta, e o mapa oferece segredos, áreas amplas e uma boa variedade de inimigos. É o modo que menos joguei até agora, mas está me cativando cada vez mais.
Um jogo dividido entre boas ideias e decisões equivocadas
Black Ops 7 mistura algumas das melhores e das piores decisões já feitas na franquia. O multiplayer e o Zombies estão sólidos, divertidos e com movimentos aprimorados. Por outro lado, a campanha se perde completamente em sua proposta: sempre online, sem checkpoints, com elementos que podem afastar alguns fãs, se salvando por sua qualidade técnica e de jogabilidade.
Call of Duty: Black Ops 7 já está disponível para PC, Xbox One e Series (e Gamepass Ultimate) e Playstation 4 e Playstation 5.
Agradecemos a Activision por nos conceder uma chave do jogo para análise.




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