Ninja Gaiden Ragebound – Review

Lançado no dia 31 de julho de 2025, Ninja Gaiden: Ragebound é o novo título da saga Ninja Gaiden produzido pelo The Game Kitchen, equipe dos metroivanias Blasphemous, que volta um pouco as origens da franquia trazendo um visual e trilha sonora mais retrô, com direito a um estilo pixelart e voltando pro gênero de ação e plataforma em 2D. O jogo foi lançado para PC, Nintendo Switch, Playstation 4 e 5, Xbox One e Xbox Series S/X.

O game mergulha o jogador em uma narrativa clássica de jogos de ninja e samurais, aqui, a trama principal constrói uma aliança improvável para enfrentar um inimigo em comum. O enredo em si não vai trazer nada complexo ou que chame tanta atenção, tirando uns diálogos ou outros. Os personagens ao menos, são bons, inclusive, seria muito interessante revê-los caso Ninja Gaiden continue a desenvolver essa sub-série no formato 2D de plataforma.

A jogabilidade de Ragebound é inegavelmente o seu maior ponto forte. Embora a estética de plataforma em 2D evoque a era clássica do NES, o título vai além, oferecendo um sistema de combate e movimentação muito mais elaborado e complexo. Os jogadores podem correr, desviar e desferir golpes com uma variedade de ataques e manobras acrobáticas que superam em muito as capacidades dos jogos originais. Embora sair matando todos os inimigos como um hack’n slash seja absolutamente viável, o jogo também também te permitir ser ágil e até mesmo ser um grande jogo para speedruns. O verdadeiro desafio fica em alguns combates de chefes, que podem apertar mais a dificuldade e causar algumas mortes.

finais-ninja-gaiden-ragebound Ninja Gaiden Ragebound - Review

Um aspecto inteligente de Ragebound é como ele lida com o ritmo. Inimigos mais robustos exigem múltiplos acertos, o que poderia quebrar a fluidez da ação. Para contornar isso, o jogo introduz oponentes envoltos em auras específicas. Ao acertá-los com o ataque correto, o jogador recebe essa “aura” de poder que permite eliminar alguns inimigos mais fortes com um único golpe. Essa mecânica cria uma camada tática, incentivando o jogador a priorizar inimigos menores com aura para manter o fluxo do combate e a velocidade da sua progressã

O jogo também introduz um sistema de talismãs, que adiciona uma camada de estratégia. Esses itens podem ser comprados e oferecem vantagens, como recuperar vida nos checkpoints ou ao eliminar um certo número de inimigos. Essa mecânica não só permite uma personalização do personagem, mas também pode influenciar a forma como o jogador aborda o combate em cada fase.

Para quem busca uma experiência mais acessível, o jogo oferece um robusto modo de assistência. É possível alterar o dano recebido, aumentar a janela de tempo para o “impulso guilhotina” (o parry) e até mesmo mexer na velocidade da ação. O mais notável é que ativar essas facilidades não afeta as conquistas, permitindo que todos aproveitem a jornada sem restrições. No entanto, para os fãs mais dedicados, há opções que elevam o desafio a outro nível. É possível adicionar “dificuldades” na jogabilidade, como a de voltar para o início da fase ao invés de um checkpoint após a morte, o que influencia diretamente no ranking do jogador.

Em suma, Ninja Gaiden: Ragebound consegue honrar suas raízes com uma história simples e um combate bem sólido, sem abrir mão da profundidade que os jogadores mais experientes esperam, mas ficando aberto para novos jogadores poderem conhecer o estilo de game e a franquia como um todo.

A versão analisada foi a de PC, com uma chave de acesso cedida pelo time da DOTEMU.

Fã de um pouco de tudo da cultura pop: cinema, games, animes, HQs e criador do Expresso Nerd

Publicar comentário