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Rogue One – Uma História Star Wars | Crítica

Com a produção dos filmes Star Wars por parte da Disney, a base da fãs da obra original de George Lucas se dividiu. Enquanto alguns estavam ansiosos com a expansão do universo com O Despertar da Força, outros estavam receosos que a empresa “destruísse” a tão querida franquia. Felizmente, em 2015 tivemos um ótimo filme, que talvez não agradou a tantos, mas foi competente em trazer novos fãs e continuar a história da hexalogia.

Estreando em 15 de dezembro em todo Brasil, e com uma base de fãs com muitos pés atrás, Rogue One – Uma História Star Wars conseguiu ser um dos melhores filme da saga. Com um tom diferente, um bom grupo de personagens secundários, e momentos e referências para enlouquecer qualquer fã, Rogue One, o primeiro filme derivado da nova fase franquia, desafia esse raciocínio ao descobrir a realidade cinza da guerra galáctica.

O desfecho do filme é sabido por todos: a princesa Leia recebe os planos da Estrela da Morte. Entretanto, Rogue One não se sustenta em apenas introduzir Star Wars Episódio IV – Uma Nova Esperança. A saga que sempre abordou o embate entre Império e Aliança (ou entre Primeira Ordem e Resistência), sempre trouxe o lado dos mocinhos como algo puro e bom, tínhamos os pontos extremos de bom e mal. Por exemplo: mesmo dentro do grupo de rebeldes, existem várias vertentes, algumas mais radicais que as outras, não há necessariamente uma concordância mútua em realizar uma ação para acabar com o inimigo em comum. Isso traz mais credibilidade e imersão para o espectador, pessoas com a mesma inclinação política podem não concordar sobre a melhor solução para um conflito. Assim, os heróis ganham mais facetas e se tornam muito mais interessantes, bem mais verossímeis em suas qualidades e defeitos.

Se o filme não acerta tanto em trabalhar com mais empenho o desenvolvimento da Jyn Erso como protagonista, os personagens secundários te conquistam com o carisma. O destaque, sem dúvidas, vai para o androide K-2SO, que tem uma incrível personalidade. A amizade de Chirrut Îmwe (Donnie Yen) e Baze Malbus (Wen Jiang), também, é crível: enquanto um tem uma grande fé na Força, o outro é totalmente cético. Mesmo assim, ambos os atores fazem com que o público acredite que os dois companheiros estão juntos há muitas décadas, acostumados a aturarem às peculiaridades do outro.

As cenas de guerra estão muito bem feitas. O filme traz uma sensação de que qualquer personagem pode morrer à qualquer hora, e o carisma acima citado eleva bastante isso. O resultado são momentos de batalha incríveis (como na aparição dos AT-AT) somados ao aperto no peito que o filme te dá. Não ache estranho se ver alguém na sua sessão escorrendo alguma lágrima.

O respeito ao fã existe. Referências claras, easter eggs escondidos, é ótimo – como fã de Star Wars – se ver situado em um momento já conhecido, mas desta vez fugindo do legado da família Skywalker. As aparições do Darth Vader são de levar qualquer um à loucura: são poucas, mas muito bem produzidas. Aí que o filme mais acerta: focar em qualidade, mas trazer o fanservice que queremos. O filme ergue o tapete vermelho para um dos maiores sucessos da história do cinema, focar apenas no produto, mas sem te fazer entrar no mundo Star Wars, seria o maior problema.

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Feito de fã para fã, é uma experiência de calorosos momentos de reconhecimento, em falas, aparições e detalhes que garantem uma conexão incrível com o episódio IV da hexalogia. Fica a recomendação, nota 9 de 10.

 

Sobre Gabriel (Expresso Nerd)

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