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Resenha – Quarteto Fantástico (2015)

Após oito anos sem nenhum filme da Superequipe da Marvel nos cinemas, a Fox traz um reboot do Quarteto Fantástico para as telonas, e traz uma boa ficção científica no começo, mas fracassa totalmente da metade para o final.

Quarteto Fantástico (Fantastic Four) é um filme de ação e sci-fi dirigido por Josh Trank. Trata-se do quarto filme baseado na superequipe da Marvel, sendo um reboot da franquia, produzido e distribuído pela 20th Century Fox.

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No enredo do filme, Reed Richards (Miles Teller) é um jovem que junto com seu amigo Ben Grimm (Jamie Bell) criam uma máquina de transportar matéria entre dimensões. Contratados por Franklin Storm, os dois conhecem Sue (Kate Mara) e Johnny Storm (Michael B. Jordan). Trabalhando juntos (com a ajuda de Victor Von Doom, interpretado por Toby Kebell), eles aperfeiçoam a máquina, e fazem uma viagem interdimensional. Quando a viagem falha,  eles retornam à Terra com sérias alterações corporais, ganham cada um poderes especiais.

O primeiro ponto a se reclamar é o desenvolvimento dos personagens. Quase 80% do filme é focado em contar a origem da equipe, principalmente o elo entre Reed Richards  e Ben Grimm (Jamie Bell), que no final fica raso. É apresentado em certo momento um desentendimento entre os dois, pois o Reed transformou o melhor amigo em um ser monstruoso, entretanto, minutos depois isso é esquecido e fica de lado.

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Outro problema do filme é o vilão mal trabalhado. O Victor Von Doom passa de um adolescente rebelde para um vilão maligno que apenas quer destruir a Terra por não estar de bom humor. Toda a rivalidade entre o Quarteto e o Dr. Destino dos quadrinhos simplesmente não existe no longa-metragem. Ele apenas é um mal em comum que os quatro heróis precisam derrotar.

O triângulo amoroso entre o Victor, Reed e Sue é outro ponto que faltou ser trabalhado mais profundamente. Em uma cena, o vilão observa os dois heróis conversando, e surge aquela clássica cena clichê de novela, com ele observando-os de longe, com raiva.

Apesar de licença poética que houve em questão do visual dos personagens, o Dr. Destino é o que mais sofre nisso. É sofrível o “figurino” do vilão durante o filme. Com um rosto totalmente descaracterizado do conhecido, apenas com um capuz (tirado de sabe-se lá aonde) colocado lá para lembrarmos que ele ainda é o Destino.

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Um dos fatos talvez mais “surpreendentes” (de forma negativa) foram os efeitos especiais. Provavelmente, os efeitos especiais fracos vem do baixo orçamento do filme, que custou apenas 120 milhões de dólares,  ficando atrás até mesmo do segundo filme da antiga franquia, que teve de orçamento 130 milhões. Enquanto as telas verdes ficam extremamente perceptíveis em algumas cenas, o inverso acontece com a trilha sonora, que é morta, e praticamente não existe.

A direção do jovem diretor Josh Trank (de “Poder sem Limites”) ainda deu muita esperança aos fãs, pois ele prometia dar uma nova visão sobre o Quarteto, com os elementos de sci-fi, sendo um filme mais sério. Contudo, não podemos condenar o diretor, pois o mesmo admitiu (e apagou o Tweet logo depois) que o filme dele não era o que foi as telonas. Isso só aumenta a montanha de rumores que cercaram sua produção. Sites chegavam a afirmar que o estúdio odiou o longa e que o Josh Trank perdeu o foco que a Fox desejava, assim sendo substituído em sigilo durante as refilmagens do filme.

Começando com um bom começo, apostando em ser uma ficção científica e filme de origem, peca ao não aprofundar seus personagens e perde totalmente o foco no final. Ação fraca, assim como os efeitos especiais, bons atores, mas personagens que não convencem, tornam este filme pior que seus antecessores. Fica a ressalva para aqueles que ainda pretendem ver o filme.

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